17 dezembro 2009

Meu namorado, meu filho

Desde os tempos mais antigos que o homem é considerado o lado mais forte. E a mulher, claro, o mais frágil. Em contos de fadas é sempre ele, o cavaleiro, quem salva a donzela quase sempre em perigo. Porém, alguém já se deu conta de que, em um relacionamento, é o homem quem precisa de cuidados e proteção? Ou que, na maioria dos casos, o namorado precisa ser cuidado como se fosse um filho?

Essa foi a conclusão na qual cheguei após analisar alguns relacionamentos.

Toda menina brinca de casinha quando criança. Toda garota já se imaginou como mãe. E toda mulher quando tem seu primeiro filho percebe que, além dos prazeres impagáveis de ser mãe, existem deveres e trabalhos que são o dobro do que foi imaginado.

Assim acontece em um namoro. Toda menina tem um namoradinho quando criança. Toda garota tem seus ficantes e rolos na adolescência. E toda mulher quando tem seu primeiro relacionamento sério vê que, além do fato de ele ser o amor da sua vida, a toalha molhada em cima da cama pode irritar o dobro do que foi imaginado.

Filhos pequenos têm dificuldade em viver sem a mãe. Homens também.

Leva certo tempo até que uma mãe consiga - através do amigo “piniquinho” - ensinar o filho a urinar dentro do vaso. Homens não só esqueceram o aprendizado infantil, como não conseguem abaixar a tampa nem depois de grandes.

Mães não deixam que crianças usem copos de vidro, pelo perigo de cair no chão e quebrar. Homens não usam nenhum tipo de copo, pois tomar no gargalo parece mais atraente.

Crianças não sabem cozinhar até que a mãe os ensine. Os homens se acostumaram com isso, pois, mesmo ensinados, não sabem fazer Miojo sem queimar a panela (salvam as exceções em que eles vão procurar auxílio acadêmico).

Toda criança quando fica doente fica manhosa. Homens não só ficam manhosos, como não sabem sobreviver a um resfriado sem agonizar.

E por mais que uma mãe tente ensinar, seu filho sempre fará bagunça e não deixará nada organizado, até que crie responsabilidades. Homens também - tirando a parte do ‘até criarem responsabilidades’,. Eles não têm idéia de como fazer para chegar ao cesto de roupa suja e têm dificuldades em entender que os sapatos não vão sozinhos para o armário.

Quem já passou pela experiência de ser ‘mãe’ de um namorado uma vez, já tem suas artimanhas para lidar com esse ser infantil - assim como a mãe que ganha seu segundo filho. E o principal, claro, é a paciência. Pois já que não existe uma cartilha de “Como criar sua criança-grande sem estresse”, o jeito é levar tudo com muitas doses de bom humor.

Desde os tempos mais antigos, que o homem é considerado o lado mais forte. E a mulher, claro, o salva todos os dias.

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