tag:blogger.com,1999:blog-7966589849826329232024-02-21T12:43:13.949-03:00Rascunhos PequenosAgatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.comBlogger42125tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-74724676350761122212016-07-22T09:14:00.000-03:002017-10-24T09:23:35.347-02:00Os 20 e tantos<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWsyydBEyFXW_IV9NPzdWc91SXDFtqSY7v3HCbMmUzaL519i36-w3PMxJh0Cpa4vY7CINp-hPiqyCTdrmbJryT44ibFYd3a0mZJEPXZ918I70XZ7gcLSv7563Lr35jJ3MiwgurMXiMoR8/s1600/swing.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="462" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWsyydBEyFXW_IV9NPzdWc91SXDFtqSY7v3HCbMmUzaL519i36-w3PMxJh0Cpa4vY7CINp-hPiqyCTdrmbJryT44ibFYd3a0mZJEPXZ918I70XZ7gcLSv7563Lr35jJ3MiwgurMXiMoR8/s1600/swing.jpg" /></a></div>
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Quando a gente entra na fase dos 20 e POUCOS é como se o produtor da nossa vida acelerasse tudo, como naquele episódio do Chapolin e o vampiro, em que ele adianta as horas no relógio de cuco para o dia amanhecer. Dias, meses e anos passam em um ritmo rápido demais, fazendo com que a gente passe a correr também para tentar acompanhar. A gente faz curso, workshop, academia (tenta), inglês, planos e trabalha como um louco. No meio da correria dos 20 e poucos, também existe uma busca e insatisfação que nunca cessa e a gente está sempre procurando alguma coisa, procurando ter, procurando ganhar, procurando.</div>
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Mas aí a gente chega nos 20 e TANTOS e, porra, quanta coisa muda! O jeito como a gente enxerga a vida, principalmente. O tempo continua correndo, é verdade, mas a gente se vê mais próximo dos 30 e vai perdendo a pressa. Vai entendendo que as respostas estão dentro da gente mesmo, mas que é preciso parar para ouvir com atenção. É preciso parar. A gente percebe que o universo dá o que a gente busca, então se você não sabe o que está procurando, cara, não vai poder reclamar se ele te der qualquer coisa (ou nada).</div>
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Nos 20 e tantos anos a gente aprende que autoconhecimento é uma das coisas mais importantes que podemos ter e isso nos leva a crescer em tantas direções na vida que é impossível mensurar. A gente começa a enxergar o sofrimento mais como uma espécie de intervalo entre coisas boas, deixando de se martirizar tanto por tudo e passando a apreciar mais a paisagem. A gente passa a dar mais valor para família, a reconhecer o que os outros fazem pela gente e a entender aquela história de que só consegue ter uma vida leve quem é capaz de eliminar a mágoa do coração.</div>
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<br /></div>
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Estando mais perto dos 30, a gente percebe que quase tudo é melhor com alguém do nosso lado, mas deixa de querer muitos ao redor porque quer ser feliz apenas com os de sempre, aquelas pessoas de luz que te iluminam mesmo quando a vida está um nublado só. A gente passa a entender que mais importante do que a duração das coisas é a profundidade delas, por isso passa a compreender que existem amores que podem durar para sempre mesmo que terminem e que outros podem durar só uma noite e serem igualmente incríveis (mesmo!).</div>
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A gente se educa para ser mais tolerante, para ser mais otimista e para perceber que existem dois caminhos para tudo, mas que optar pelo mais difícil deles pode ser escolher aquele que vai trazer a melhor paisagem. A gente aprende que realizar sonhos dá sim um trabalho do cacete, mas não é impossível. A gente passa a encarar o ditado do “cair sete vezes e levantar oito” como uma das maiores verdades absolutas da vida, mas chega à conclusão de que, às vezes, a única solução é tomar um belo porre (HAHAHA).</div>
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<br /></div>
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E hoje, completando 28 anos (!), posso dizer que os meus 20 e tantos estão cheios de aprendizados e momentos incríveis, em que cada experiência que eu vivo – da mais simples até a mais fodástica –, se transforma num pedacinho de quem eu sou (to cheia de pixels!). Nesse ano, em especial, eu descobri que lar é onde o nosso coração está e que distância nenhuma te separa dos seus, porque amor é uma das poucas coisas na vida que você pode colher o quanto quiser da fonte que ele continua brotando. Por isso, hoje só tenho a agradecer a minha família, aos meus amigos e a todos aqueles que importam para mim e estão do meu lado sempre (separados por oceanos ou não). Porque se eu tivesse que dar um conselho para a Agatha baixinha lá da infância, eu diria “Se entregue verdadeiramente em tudo o que fizer e seja você mesma, sempre!”, pois lá na frente ela vai sentir um orgulho danado dessa estrada toda e vai descobrir com um sorriso no rosto que as melhores coisas da vida, como a gente sempre suspeitava, não são coisas.</div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-66089528820989768452016-03-20T18:30:00.000-03:002016-03-20T18:53:42.302-03:00Um desastre perfeito<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUcHZgRa8N52h4QMWwB9QyrpIXbW40jwXszF_6J0_6Cn-0jDuQ1DziihZM4Eqo0431JCxfxf-nItNHxOI6NuQ7WPpkCSNW7k8XMnsipt5kg1EwuPppaPt5aWpnkmfgoUou4n2R0GkImgY/s1600/gif.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="176" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUcHZgRa8N52h4QMWwB9QyrpIXbW40jwXszF_6J0_6Cn-0jDuQ1DziihZM4Eqo0431JCxfxf-nItNHxOI6NuQ7WPpkCSNW7k8XMnsipt5kg1EwuPppaPt5aWpnkmfgoUou4n2R0GkImgY/s320/gif.gif" width="320" /></a></div>
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Pareciam completamente diferentes, mas as brigas eram exatamente por serem tão iguais. O encontro entre um furacão e um vulcão, por assim dizer. Dois desastres naturais apaixonados, que acharam a felicidade bem ali, entre lavas e redemoinhos. Se num segundo discutiam, no outro estavam na cama. Tudo o que viviam era intenso, sentido na pele. Mas, ao mesmo tempo, era essa explosão de sentimentos que os trazia paz. Eram as faíscas do abraço, o choque do beijo, o calor das mãos. Eram as mensagens que o corpo e a mente enviavam, a todo instante, dando a certeza de que não havia outra pessoa no mundo com quem eles queriam estar.<br />
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<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #666666;">A perfect disaster</span> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #666666;">They seemed to be totally different, but the fights were exactly because they were so alike. The meeting between a hurricane and a volcano, so to speak. Two passionate natural disasters, which found happiness right there, between eruptions and swirls. If in a second they argued, the next minute they were in bed. All that they lived was intense, feeling by skin. But at the same time, it was that explosion of feelings that brought them peace. The sparks of the hug, the shock of the kiss, the warmth of the hands were the messages that body and mind sent, every moment, giving them the certainly that there was no other person in the world that they wanted to be with.</span></blockquote>
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Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-81084035850356756892016-03-01T17:52:00.000-03:002016-03-20T18:54:49.652-03:00Pequeno infinito<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7IacfzII4FcfmwoeP0-T22vGwHlXTEOATCWCGstBsYhFxYDu6q5aTHubRPt6Jq2jf75iIACydaRdpKpIdvbXUq0R-CYj9P-jZBm2RIEknPY_pCbkWQXdrzTaOURazPNthyphenhyphen2z3_KfiOkA/s1600/large+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7IacfzII4FcfmwoeP0-T22vGwHlXTEOATCWCGstBsYhFxYDu6q5aTHubRPt6Jq2jf75iIACydaRdpKpIdvbXUq0R-CYj9P-jZBm2RIEknPY_pCbkWQXdrzTaOURazPNthyphenhyphen2z3_KfiOkA/s320/large+%25281%2529.jpg" width="225" /></a></div>
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Atravessou a rua meio apressada, tentando parecer invisível. O bar ficava a poucos metros dali e o coração já havia iniciado o caminho de fuga, querendo sair pela boca. De repente, ela o viu. Encostado com um dos pés na parede, tinha uma das mãos no bolso e a outra no celular. Diminuiu o ritmo dos passos e agradeceu mentalmente à tecnologia, que o faria prestar atenção em outra coisa enquanto ela se aproximava. Já a menos de um metro dele, ele levantou o rosto e a reconheceu. Ela sorriu. Ele também. Ambos entraram no bar. Ela parou no balcão e, enquanto pedia uma cerveja, ele assoprava o cabelo dela, só para pentelhar. Conversaram por alguns minutos, riram, mas era impossível se concentrar de fato. A ansiedade parecia ser palpável. Seu corpo sentia um leve choque elétrico a cada vez que eles se tocavam por acaso e ela tinha que fazer um esforço descomunal para não agarrá-lo a cada vez que a covinha na bochecha dele aparecia. Até que ele ouviu os pensamentos dela, talvez alto demais, e propôs que eles saíssem de lá. Táxi, elevador, portas, roupas jogadas, suspiros, sintonia, um fim que levava a um começo. Havia encontrado um pequeno infinito. Por vezes sentiu-se perdendo a sanidade naquela noite. Por vezes sentiu-se afogar nos olhos dele, naquele misto de azul e verde, que pareciam enxergar muito além do que ela podia dizer. No meio daquela avalanche de sentimentos, decidiu ir embora antes que ficasse presa para sempre no laço daqueles braços. Mas era tarde demais. No caminho de volta para casa, se deu conta: havia esquecido o próprio coração em cima da cama.<br />
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<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #666666;">Small infinity</span> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #666666;">She crossed the street in a hurry, trying to be invisible. The pub was a few meters away and her heart had already started the escape route, wanting to get out through the mouth. Suddenly, she saw him. Leaning with one foot on the wall, he had one hand in his pocket and the other one on the phone. She slowed down the rhythm and mentally thanked the technology, which would make him to focus on something else as she approached. When she was less than a meter of him, he looked up and recognized her. She smiled. He too. Both entered into the pub. She stopped at the counter and asked for a beer, while he blew her hair, only to annoying. They talked for a few minutes, laughed, but it was impossible to concentrate in fact. The anxiety seemed to be palpable. Her body could feel a slight electric shock every time they touched each other by accident and she had to make an enormous effort not to grab him every time the cute dimple in his cheek appeared. Until he hear her thoughts, perhaps too loud, and invite her to go to somewhere else. Taxi, elevator, doors, clothes thrown, sighs, tuning into touches, an end leading to a start. She had found a small infinite. A few times she lost sanity. A few times she felt drowning in his eyes, that mix of blue and green, which seemed to see her beyond what she could say. In the middle of this flood of feelings, she decided to leave before she got stuck forever in the knot of his arms. But it was too late. On the way back home, she realized: she had forgotten her own heart on the bed.</span></blockquote>
</div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-42091194196791257752015-07-11T17:49:00.000-03:002015-07-11T17:49:08.666-03:00One night stand<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkaOT8F4yQLmr7yhLZU-EEevShHMvomidWfqA2ExTr8fcMOl904bbbXqPJ7mAUsNHXe-F7aiQmxP0nqoBDKJ2BARij83lhotfKFdAej3iTyfFu2fRpURvADeBs8nQyksIDE4ZnnPMl-D8/s1600/onenight.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkaOT8F4yQLmr7yhLZU-EEevShHMvomidWfqA2ExTr8fcMOl904bbbXqPJ7mAUsNHXe-F7aiQmxP0nqoBDKJ2BARij83lhotfKFdAej3iTyfFu2fRpURvADeBs8nQyksIDE4ZnnPMl-D8/s320/onenight.jpg" width="320" /></a></div>
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Era tarde, o pub estava cheio e ela já estava cansada de cantadas baratas quando ele apareceu. Mas ao invés de elogios superficiais, ele se ofereceu para pagar uma bebida pedindo que, em troca, ela pudesse conversar um pouco com ele. Parecia uma cilada vinda de um par de olhos claros, mas ele prometeu que a deixaria livre para ir embora no momento em que quisesse. Algum tempo depois, os dois estavam rindo sobre histórias da vida e ela havia notado que a cada vez em que sorria, ele parecia vidrado. Lembrou da infinidade de vezes em que ela ouviu homens-ventríloquo dizerem "você tem um sorriso bonito", apenas numa tentativa de se aproximar dos lábios dela. Mas ele não. Todos os sinais estavam ali, gritando, enquanto ele tentava manter um perfil de lorde. Ela riu divertida, vendo a magia acontecer mais uma vez e resolveu perguntar. Na primeira tentativa, ele insistiu que não era nada. Mas na segunda, acabou contando. "É que eu não queria parecer clichê, porque tenho certeza de que você sempre ouve isso...mas seu sorriso é lindo, arrisco dizer que é o mais bonito que já vi. Cada vez que você sorri aqui parece que ilumina um pouco o lugar. Não sei, é como se você sorrisse com uma verdade, como se você fosse a pessoa mais feliz do mundo, sabe? E acredito que as pessoas quando te olham devem pensar que só você merece ser feliz mesmo, porque é encantador". As palavras pareciam sair dele com a mesma verdade que ele sentia vir do sorriso dela, enquanto ele tentava, sem sucesso, esconder que estava sem jeito. Quando ela poderia imaginar que alguém tentaria traduzir seu sorriso daquela forma? A vida dela às vezes parecia uma novela, pensou. E algumas cervejas e conversas depois, ela descobriria que era tão roteirizada que, claro, aquela era a última noite dele na cidade e na manhã seguinte ele iria continuar sua viagem por outros países. Ela riu. Já que era para imitar a ficção, então essa seria uma daquelas noites capazes de durar um episódio inteiro. Ao menos até o dia seguinte.</div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-73278860050403905842015-05-26T13:33:00.000-03:002015-05-28T19:33:31.272-03:00Última vez<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVE0HZAEmMHV3U8o-e2E-JvbD3ADhKP4ZRNaGZtxqNRDx4cEtvkq590MTxnRMK2RD27UIBm3L4F-A5Flh2QiEL1X6MUtLhzaJvM0uMUs4_ZuCn0KZzXIn_3YIuj5ePRYSw_dVK54W00Yo/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="153" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVE0HZAEmMHV3U8o-e2E-JvbD3ADhKP4ZRNaGZtxqNRDx4cEtvkq590MTxnRMK2RD27UIBm3L4F-A5Flh2QiEL1X6MUtLhzaJvM0uMUs4_ZuCn0KZzXIn_3YIuj5ePRYSw_dVK54W00Yo/s200/large.jpg" width="200" /></a></div>
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Não vou mais me envolver, ela disse. Olhava o reflexo no espelho, tentando acreditar naquelas palavras. Quantas vezes já havia prometido para si mesma que era a última vez? Começou a rir. Sempre surgiam novas pessoas, novas histórias. Não importava o quanto endurecesse seu coração ou o quão grossa fosse a armadura. Mais cedo ou mais tarde, ela sabia, aquele sorriso avisaria o que estava por vir. E quando menos percebesse, um beijo traria um recado especialmente para a razão: vale o risco. De novo.</div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-51707143631556189022015-05-17T08:53:00.001-03:002015-05-17T13:54:30.153-03:00Ela<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMlNnXiitKr7RpbZhXrCMi-aGV4eei1p_0Yym4TDFqf4uPINHvtDQC71mjkMfeMINFG9zYNIU6wtIWCdI494i4FK4x6SbwsJrDdnr3ocEKW-6qyGfQTVZRgt323dBuJyzgnNbIp6UPo08/s1600/couple.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMlNnXiitKr7RpbZhXrCMi-aGV4eei1p_0Yym4TDFqf4uPINHvtDQC71mjkMfeMINFG9zYNIU6wtIWCdI494i4FK4x6SbwsJrDdnr3ocEKW-6qyGfQTVZRgt323dBuJyzgnNbIp6UPo08/s320/couple.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Ela te via além da sua casca.<br />
Ela te enxergava lentamente, enquanto todos sempre te viam rápido demais.<br />
Ela te assistia dormir.<br />
Ela te dava amor ao acordar.<br />
Ela te fazia cafuné.<br />
Ela te beijava a testa com ternura, mas também te arrancava o fôlego quando queria.<br />
Ela te roubava beijos, até mesmo enquanto você dormia.<br />
Ela cozinhava para você.<br />
Ela gostava de te ter como assistente na cozinha.<br />
Ela te fazia rir com bobagens e se iluminava quando era você quem a fazia dar risada.<br />
Ela te fazia ver a vida com outros olhos.<br />
Ela te fazia ver que o amor podia valer a pena.<br />
Ela tinha a mania de rir de tudo e era no sorriso dela que você encontrava forças.<br />
Ela não mascarava os próprios defeitos e aceitava os seus.<br />
Ela não precisava de maquiagem para ser linda, mas te encantava com aquele batom.<br />
Ela tinha o gosto musical parecido com o seu.<br />
Ela gostava de vestir suas camisetas.<br />
Ela gostava de cerveja e bebia com você.<br />
Ela te fazia se sentir especial e amado de um jeito que ninguém tinha sido capaz.<br />
Ela te entendia e te ajudava em qualquer coisa.<br />
Ela era sua parceria e melhor amiga.<br />
Ela se dava bem com a sua família, do tipo dançar com a sua mãe no meio da sala.<br />
Ela era seu conforto nos dias difíceis.<br />
Ela te fazia esquecer os problemas com um olhar.<br />
Ela te acalmava num abraço.<br />
Ela cuidava de você como sempre quis ser cuidada.<br />
Ela se espremia para te dar mais espaço na cama ou embaixo do guarda-chuva.<br />
Ela só dormia tranquila depois de saber que você já estava a salvo em casa.<br />
Ela sussurrava ao teu ouvido.<br />
Ela tinha o apetite sexual que todos os caras sonhavam em encontrar.<br />
Ela apertava sua bunda de vez em quando só pra ver a sua cara.<br />
Ela era o seu melhor sorriso numa manhã preguiçosa.<br />
Ela te mostrava que seu mundo era melhor desde que ela resolveu entrar.<br />
Ela se entregava de corpo e alma para você.<br />
Ela era a mulher da sua vida.<br />
<br />
Mas você a perdeu.Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-65316501554657071172015-05-05T16:38:00.002-03:002015-05-06T12:01:53.125-03:00Them<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1sCSnX-Et6tgARTYtA7g2bN7B3Rlq49ZCmJdvHzy8G1dCSb3ebgjMup7gDEOijrJhNj5nEK72dfPY_bKxhKe_s5OAh8l3wlgyGSDTlxwa27q2E_oKVKmaIVoFszAT4VJ_WKQtft0m6-Q/s1600/m%C3%A3os.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1sCSnX-Et6tgARTYtA7g2bN7B3Rlq49ZCmJdvHzy8G1dCSb3ebgjMup7gDEOijrJhNj5nEK72dfPY_bKxhKe_s5OAh8l3wlgyGSDTlxwa27q2E_oKVKmaIVoFszAT4VJ_WKQtft0m6-Q/s1600/m%C3%A3os.jpg" height="200" width="170" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Eles tinham tudo o que duas pessoas precisam para ser feliz. Eles não só se gostavam, como também eram melhores amigos. Eles se divertiam com pouco. Eles davam risadas juntos. Eles achavam que estar ao lado do outro era o suficiente para levantar qualquer programação chata. Eles podiam ser eles mesmos o tempo todo. Eles tinham uma loucura compartilhada e achavam que só eles podiam se entender. Eles conversavam muito e sobre tudo. Eles admiravam um ao outro e sentiam orgulho das conquistas de cada um. Eles gostavam da família um do outro. Eles gostavam de sair com os amigos um do outro. Eles cozinhavam juntos. Eles assistiam filmes juntos. Eles bebiam cerveja juntos. Eles tomavam café da manhã vendo videoclipes e cantando. Eles trocavam músicas entre si e tinham uma playlist só deles. Eles faziam careta. Eles se beliscavam e se mordiam. Eles trocavam carinhos. Eles davam um jeito de se encostar mesmo que estivessem separados no carro com um dos dois no banco de trás. Eles não só dormiam de conchinha, como também tinham seu próprio jeito de dormir juntos. Eles achavam que nenhum perfume do mundo era melhor do que a nuca do outro. Eles se encaixavam no beijo, no sexo e de mãos dadas de um jeito perfeito. Eles se abraçavam de um jeito verdadeiro. Eles se olhavam demoradamente como quem enxerga a alma. Eles se protegiam e cuidavam um do outro. Eles tinham gostos e jeitos parecidos, e até o que era diferente se completava. Eles sabiam como era bom ter um ao outro no fim do dia. Eles tinham a certeza de que ser livre de verdade...era poder escolher se prender a alguém assim.</div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-61330024798112978502015-05-04T07:45:00.003-03:002015-05-04T07:48:10.785-03:00Insônia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
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</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJpm5wWn9qS6aVxrMTI8y6KH92GjfdSM9fVosKZJYFYuLA1BrpBJGuowuqXaR9xcpW7FKD0NpN8mevaQknfU_rx5CaIjZP2bg1923KOPGt0XDKIbnKIg4R_E6-WwC2DMQlD_EhRzsFowc/s1600/insonia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJpm5wWn9qS6aVxrMTI8y6KH92GjfdSM9fVosKZJYFYuLA1BrpBJGuowuqXaR9xcpW7FKD0NpN8mevaQknfU_rx5CaIjZP2bg1923KOPGt0XDKIbnKIg4R_E6-WwC2DMQlD_EhRzsFowc/s200/insonia.jpg" width="200" /></a></div>
Não conseguia dormir. O quarto era um silêncio sepulcral, mas o coração gritava. Gritava de saudade. Gritava pedindo para sair dali. A mente, em conjunto, trazia uma série de memórias, mostrando onde queria estar. Reivindicava por domingos de manhã, cama desarrumada e o corpo dele para se aninhar. Pedia pelo beijo, pelo cheiro, pelo olhar que não cansa, pelo abraço que protege. Pedia por ele.</div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-51028663118391302952015-05-02T21:35:00.002-03:002015-05-02T21:55:10.961-03:00Menina-Perfeita<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgXO7oyHKPv6vK_aiYOPQAL9o2yQr0xMTKuypHhQfrhuLVtdBiOPVhZRaWOCWhHxdH2qsLtWz5-BFe_WH0W5fHmQld5IwptsUecaWki7FbaRT377iSshSb_U4Gp91IjyUcRpIzQdMX3R4/s1600/menina-perfeita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgXO7oyHKPv6vK_aiYOPQAL9o2yQr0xMTKuypHhQfrhuLVtdBiOPVhZRaWOCWhHxdH2qsLtWz5-BFe_WH0W5fHmQld5IwptsUecaWki7FbaRT377iSshSb_U4Gp91IjyUcRpIzQdMX3R4/s1600/menina-perfeita.jpg" height="211" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Ela sempre soube que o modelo de menina-perfeita não tinha o seu número. Via as amigas em busca de serem lindas, descoladas, sempre tentando se encaixar no grupinho atual e negociando qual o próximo menino em que iam dar o bote. Enquanto isso, ela queria ser inteligente, queria melhorar seus desenhos e textos, jogar videogame e passar horas gravando fitas K7 com as seleções de músicas mais cuidadosamente selecionadas do mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ah, a música. Esse item, aliás, sempre teve uma participação especial na vida dela. Ela aprendeu a gostar de <i>Bon Jovi</i> e <i>Alanis Morissette</i> quando ainda era um cotoco, aos cincos anos de idade. Seguiu ouvindo <i>The Cranberries</i>, <i>R.E.M</i> e mais toda uma herança musical que vinha do pai, da mãe, dos tios, dos primos mais velhos. Tudo isso aprimorado com as coisas novas que o bom filtro do seu ouvido separava das rádios. Ela e o walkman eram inseparáveis e o banheiro presenciou os melhores covers da história!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, sempre foi difícil encontrar pessoas que davam importância para esse tipo de coisa. Muito antes do narrador de <i>O Fabuloso Destino de Amélie Poulain</i> chegar a essa conclusão, ela já havia descoberto que eram “tempos difíceis para os sonhadores”. Por isso, criou mecanismos de defesa como ninguém e escolheu ser mais brother dos meninos, afinal, era muito mais interessante ficar na rua e falar palavrão, do que ouvir sobre esmaltes ou o que estava na moda naquela estação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então ela jogou bola, subiu em árvores, correu na rua, entrou num bate-cabeça, foi ao estádio de futebol, leu HQ’s, assistiu filmes de ação, foi a bares, aprendeu sobre carros, arrotos e cerveja e, aos poucos, foi se tornando uma peça única – dessas que a gente não sabe o valor que tem até um perito descobrir a raridade e querer para o antiquário. E aconteceu. Os anos passaram e ela viu os valores que a excluíam lá atrás se tornarem os mais procurados por todo mundo hoje.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De repente, todos falavam sobre mulheres independentes, que gostam de cerveja, que assistem futebol, que são parceiras dos homens. De repente, ser ela mesma virou a opção mais “cool” do que se podia ser. Porque enquanto tinha gente tentando mudar para se encaixar, ela simplesmente podia seguir sendo como sempre foi. Porque ela sempre soube que o modelo de menina-perfeita não tinha o seu número...só não imaginava que um dia fosse gostar tanto de não vesti-lo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-84431549982993023992015-03-19T19:19:00.001-03:002015-05-02T21:49:14.571-03:00Missing<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihoTc4f5wJH-DRbRs01j2JFzL4xU9UVNbNr-43gP_6_UizJ9T3HWAY3iw0udxR7mGwHhi41W4ruQLg_Q3gdF6WDAYLi7aI10atgVI0yxof65y81oKiPveE-fyLC_JEaNbHdoGj9DCabUA/s1600/bed.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihoTc4f5wJH-DRbRs01j2JFzL4xU9UVNbNr-43gP_6_UizJ9T3HWAY3iw0udxR7mGwHhi41W4ruQLg_Q3gdF6WDAYLi7aI10atgVI0yxof65y81oKiPveE-fyLC_JEaNbHdoGj9DCabUA/s1600/bed.jpg" height="299" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Sentir saudade de quem se ama é um bicho que consome. Que vai crescendo dentro do peito sem você perceber. Dia a dia ele toma espaço, se desenvolvendo conforme aumentam as milhas entre um coração e outro. Implanta lembranças e te faz reviver momentos em qualquer lugar, em que tudo o que você vive parece ter uma ligação com quem você queria estar. Até que você sente que esse sentimento já está presente em cada pedaço seu. Até que você ouve seu corpo inteiro gritar a falta que a outra pessoa faz.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E com a mesma intensidade que te traz um sorriso por lembrar das coisas que vocês viveram, a saudade é um parasita que te arrebenta com a dor intensa da ausência. Faz doer partes que você acreditava nem serem possíveis de sentir, da pele ao fio de cabelo. Faz você sentir um vazio que nada do que você coma é capaz de preencher. Você e a distância viram inimigos mortais e você começa a travar uma luta interna para aguentar as pontas e não largar tudo pelo único antibiótico que conhece: voltar para o seu amor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas quando não há nada que se possa fazer, é preciso aprender a conviver com esse sentimento. Conversar baixinho com ele, explicar o quanto dói. Dizer que ele não precisa ir embora se vocês puderem viver em paz enquanto você estiver longe. Mas a saudade é como uma criança mimada. Você vai conseguir ter seus momentos tranquilos enquanto ela estiver dormindo, mas vai ter que se preparar para as birras esporádicas...pequenas e grandes manhas que vão arrancar muitas lágrimas até a sua volta.</div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-24441451635227617622014-11-25T18:14:00.000-02:002014-11-25T18:14:23.374-02:00Arrepio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM0QjGyohTKhokYuzvrT-gQzzipYc_TWzxQWnmDGiFKw-jh1Qi-03gUz6Ht0adyagIwCONBYfHJjoK9LA7AUkWTasv6JY1QKN2u2PIIfuPO45vayxcvx2hf2XV6m3u9Jrsok-pCQxj_vk/s1600/neck.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM0QjGyohTKhokYuzvrT-gQzzipYc_TWzxQWnmDGiFKw-jh1Qi-03gUz6Ht0adyagIwCONBYfHJjoK9LA7AUkWTasv6JY1QKN2u2PIIfuPO45vayxcvx2hf2XV6m3u9Jrsok-pCQxj_vk/s1600/neck.jpg" height="133" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Costas, pescoço, arrepio. Qualquer problema sumia quando ele mergulhava em sua nuca. A cada beijo o corpo amolecia. A cada respiração ao pé do ouvido a guarda baixava. As palavras perdiam o sentido e qualquer coisa que tentasse dizer entregava que ela, sempre dona do próprio nariz, estava vulnerável nos braços de alguém. Ele tinha passado o limite das bobagens que as pessoas criam sobre não se envolver. E pelo sorriso na boca, ele já sabia.</div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-7054561568640132682014-10-23T21:50:00.000-02:002014-10-23T21:51:08.622-02:00Diferente<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB1nN_wrSSwTknyLG0kG2ghqhLW5aYhaxk5UAhvUxkd7RjHhp8Md_L4YOZks6MxwbqVR38KFrGmPXd3lyQZWs6kTVAtQdI3hJfe888r1sIUZxyesi2ei_9DUY5boEAoM0YONvi15tvQns/s1600/couple.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB1nN_wrSSwTknyLG0kG2ghqhLW5aYhaxk5UAhvUxkd7RjHhp8Md_L4YOZks6MxwbqVR38KFrGmPXd3lyQZWs6kTVAtQdI3hJfe888r1sIUZxyesi2ei_9DUY5boEAoM0YONvi15tvQns/s1600/couple.jpg" height="128" width="200" /></a></div>
<span style="color: #222222; text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222;">De repente as coisas tinham mudado. As cores, o céu, a música, </span><span style="color: #222222;">a inspiração</span><span style="color: #222222;">. A vida tava um pouco diferente e eles tentando entender. De repente as coisas tinham aumentado. As vontades, os sonhos, o carinho, a atração. A vida tava muito diferente e eles tentando entender. De repente as coisas tinham se ajeitado. O beijo, o encaixe, o desejo, a paixão. A vida tava mesmo diferente...e eles entenderam tudo.</span></div>
</span>Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-86701138676789058542014-10-17T16:00:00.000-03:002014-10-21T16:05:27.161-02:00Little Talks<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQfRc8NQmeOMj2HOincNUV_GpKkduC_pmcvGJsQKKWP-X7NL6YRW5XY6Mjx1LCKeZQB7rPkXWMFfUMNlsrd0Y1A556eUbW65s5V9SbB4PmSDfLP-eC6oTGbjYlFhk2RDmRRA79vwEYiIo/s1600/phonecup.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQfRc8NQmeOMj2HOincNUV_GpKkduC_pmcvGJsQKKWP-X7NL6YRW5XY6Mjx1LCKeZQB7rPkXWMFfUMNlsrd0Y1A556eUbW65s5V9SbB4PmSDfLP-eC6oTGbjYlFhk2RDmRRA79vwEYiIo/s1600/phonecup.jpg" height="130" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Desligou o telefone rindo. Falar com ele era sempre assim, divertido. Conversas despretensiosas, de tudo sobre nada, mas que significavam muito. Virou para o lado enquanto pensava no tempo, tão pouco, em que se conheciam. Como podia já serem melhores amigos? Concluiu que às vezes a vida tem dessas: aproximar pessoas com vontades em comum. Dormiu, sem perceber, que nascia ali a vontade de serem um só.</div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-91438709733061219112014-10-10T15:38:00.001-03:002014-10-10T22:57:55.918-03:00Sonho<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; color: #222222; font-family: arial; font-size: small; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; color: #222222; font-family: arial; font-size: small; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrUzQkNNf6OPaGjq4pONluq3VFsdtgnS3r-pnuW-_5_PvwtOBohMUggDphyphenhyphenJfh3VVES2slrTFTcSU3MYk6Rnatvr5nni_u__RQkUtBX7RjsekeqrG4RDLkl3gsKdSK_pabAFZUiH_oXF8/s1600/s2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: left;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrUzQkNNf6OPaGjq4pONluq3VFsdtgnS3r-pnuW-_5_PvwtOBohMUggDphyphenhyphenJfh3VVES2slrTFTcSU3MYk6Rnatvr5nni_u__RQkUtBX7RjsekeqrG4RDLkl3gsKdSK_pabAFZUiH_oXF8/s1600/s2.jpg" height="235" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #666666; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: inherit;">Essa noite eu sonhei com você. Acordei com uma sensação boa, enquanto xingava mentalmente o despertador por me voltar pra realidade. Fechei os olhos de novo, ainda sonolenta, tentando guardar os detalhes antes que eles sumissem como a maioria dos sonhos. Tinha um gramado e um céu azul lindo. E a gente aproveitava uma sombra gostosa, daquelas que dá pra sentir a brisa suave passar. Você me beijou por alguma coisa que eu disse e eu reparei de novo em como suas pupilas dilatam quando você me olha.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: inherit;"></span></div>
<span style="color: #666666; font-family: inherit;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: inherit;">O alarme tocou mais uma vez, lembrando que eu era gente grande e tinha que criar coragem pra levantar. Mas pensar em você era tão mais interessante naquele momento, que eu simplesmente não quis sair dali. Desejei que a semana já tivesse acabado e que os dias seguintes fossem sempre uma manhã ensolarada de domingo. Dias preguiçosos em que a gente podia escolher ficar jogado no sofá, amando entre um filme e outro, jogando videogame ou simplesmente não fazendo nada. Porque até não fazer nada com você soa bem.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: inherit;">No limite do meu horário, resolvi levantar e fui, com sonho e tudo, pro chuveiro. Olhei pro espelho e sorri, como se confessasse pra mim mesma a bagunça que esse sonho estava causando tão cedo. Peguei o celular e coloquei pra tocar aquela playlist cheia de músicas-de-você, das que fazem a gente acreditar na vida, nos sonhos que acontecem. Porque enquanto eu deixava a água escorrer pelo meu rosto, era só isso o que eu queria...que tudo fosse de verdade.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: inherit;"><br /></span></div>
</div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-10345938618352612642014-03-19T13:27:00.002-03:002015-05-24T14:29:49.013-03:00Ansiedade<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtXKjPfM35DuePMk4ok6Z2SjfsJAHR6s-VW8KQVzXbBb3YxAHiU7KfVDlmyj5LMul5QIyczHfkwYoEDIVLvCRhPvDsgAfjTHLhrTcx6g-bdUIiohBK71ib6v7phJjxduz7JoVW3lh24pY/s1600/ansiedade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtXKjPfM35DuePMk4ok6Z2SjfsJAHR6s-VW8KQVzXbBb3YxAHiU7KfVDlmyj5LMul5QIyczHfkwYoEDIVLvCRhPvDsgAfjTHLhrTcx6g-bdUIiohBK71ib6v7phJjxduz7JoVW3lh24pY/s320/ansiedade.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Sou ansiosa. Não digo que nasci assim porque eu realmente esperei completar os nove meses para sair da barriga da minha mãe. Mas quando encarei este mundo como ele é, fiquei. Era novembro? Já tinha escolhido o presente de Natal há meses. Ia ter excursão na escola? Mochila semi-pronta (faltando só o lanche) com muitos dias de antecedência. A amiguinha vinha dormir em casa no final de semana? Uma lista com ideias de brincadeiras certamente estava feita.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Alguns dizem que crianças são desse jeito, inquietas, planejando mundos em que querem viver, sempre com a cabeça no futuro. Para o ansioso, isso é algo que não passa depois da infância. Aliás, só piora. Porque a ansiedade não se limita a eventos, ah, não. Ela atormenta outros setores da vida, como o sono. Dissecar a rotina e refletir sobre a sua vida antes de dormir passa a ser muito mais interessante, vejam só, do que descansar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><b>"Você sabe que chegou ao cúmulo da ansiedade quando fica ansiosa até pra ansiedade passar"</b></span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">(Tati Bernardi)</span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para o ansioso, uma conversa também pode ser algo complexo, em que discussões mais importantes possuem um "pré" e um "pós". Sim, se você é ansioso e precisa discutir algo com alguém, então você manja de roteiros, amigo. Porque nós pensamos nas falas e elaboramos possíveis respostas - o que toma conta do "pré". Mas como as pessoas nunca seguem o script que criamos, chegamos à parte dois, das possibilidades perdidas - o que controla o "pós". Depois da conversa, repassamos o diálogo mil vezes, pensando no que poderíamos ter "falado melhor" em determinado momento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E se já era possível sofrer antigamente com coisas simples, como nunca ficar 100% convencido de que trancou a porta da sala ou pensar em todas as possíveis merdas feitas ao ouvir um "preciso falar com você", imagine a evolução na ansiedade que a tecnologia nos proporcionou. Perder uma chamada de um número desconhecido, por exemplo, é capaz de nos afligir por um longo período. Isso sem falar nos infinitos problemas trazidos pelas redes sociais, como o mini fim do mundo que começa quando a mensagem no WhatsApp ganha o segundo visto e ninguém te responde.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4NU9yQq2nNPlAXQbZ3MFuiLHAHGrvWgY5EOEeLxT2H93IwE-VoWNvcHfoQHeRh5gBl54g7wVUecGuHR-GRHJ9OxhX-1a1H_YnlixCaNvkchp0lrcC8j62nao53hvSyj9rQ_Aafn3klcw/s1600/ansiedade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="125" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4NU9yQq2nNPlAXQbZ3MFuiLHAHGrvWgY5EOEeLxT2H93IwE-VoWNvcHfoQHeRh5gBl54g7wVUecGuHR-GRHJ9OxhX-1a1H_YnlixCaNvkchp0lrcC8j62nao53hvSyj9rQ_Aafn3klcw/s1600/ansiedade.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Ah, que doce inferno.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, nem tudo está perdido. Há pessoas ansiosas simplesmente brilhantes. Thomas Stearns Eliot, poeta modernista, dramaturgo e crítico literário inglês, era um cara ansioso e ganhou o Nobel de Literatura em 1948. O matemático Paul Dirac, ainda mais ansioso que Eliot, também ganhou o Nobel de Física em 1933. Se por um lado os estudiosos consideram a ansiedade como o mal do século 21, pelo outro todos dizem que, sim, ser ansioso é tão normal quanto ficar cansado (eu que também tenho muito sono, acho que não escapo de nenhuma pesquisa).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, é possível tirar proveito dessa história. Você nunca verá um ansioso que não se preparou para o futuro, por exemplo. Ou, mais especificamente, que não se preparou para o pior no futuro. Isso faz com que a gente ou tenha razão quando acontecer (auto-afirmação é positivo) ou fique feliz quando for o contrário (sensação de alívio é ainda melhor). No trabalho, pessoas ansiosas também se destacam, pois tendem a ser muito responsáveis e conscientes - além de errarem menos por se cobrarem mais. Em outras palavras, se tudo der errado ainda dá para almejar a foto de funcionário do mês? Dá.<br />
<br />
<br /></div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-88098184156357069712014-03-11T19:30:00.005-03:002014-03-11T19:33:10.648-03:00Roteiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://weheartit.com/entry/98313292" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRb2WOW0BEOs-ECwZj28kTZHzTEH3cFQ4EFvBPbbxrTjuR2_i-m7oLO9T2G7MG1YRkR1EuMt16knRp2b91dbLsMIOnHl26LryMXDh89AtF6g79nm_rGiX84S2cSPR6VhRuKyIQ5WFWxvE/s1600/note.jpg" height="143" width="200" /></a><span id="goog_1453136252"></span><span id="goog_1453136253"></span><a href="https://www.blogger.com/"></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Criou diálogos fictícios e possíveis perguntas que ambos poderiam fazer um ao outro. Imaginou gestos, olhares, sorrisos que tentariam ser discretos, mas acabariam chamando atenção para os lábios. Imaginou abraços, toques e a faísca que poderiam causar. Mas esqueceu que, para um roteiro dar certo, o outro personagem também tinha que seguir o script. Pegou no sono com o notebook ainda ligado. A internet, às vezes, tinha mais magia do que a vida real.</div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-67148695899461940422013-05-25T21:40:00.000-03:002013-05-26T21:43:04.700-03:00Sozinha<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://weheartit.com/entry/60669282" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNatwK8ZF-3D0aHHDwd0r2Le6lrRUyZ6NU59i7bax8vpre7JsQPEkCb8h3sc5OM_xxbkw91NPMkCqlhU0-nAnEdF__rs6GDkYzNY03JIscbbKFn4Wg3VMBu7KKSqLIFe8RY8cneFxafbQ/s200/60669282.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Andava pelas ruas, enquanto analisava o que sentia. Meses, pensou. Já havia passado por meses e ainda era como se atravessasse apenas a primeira semana. Será que ele ainda pensava nela? Será que sentia falta do cheiro, do abraço apertado? Lembrou de quando gargalhavam juntos no carro, ou quando brincavam embaixo das cobertas. Olhou para o lado. Desejar não trazia as pessoas para perto e percebeu que esse era o jeito como seguiria por um bom tempo. Sem ele.</div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-27025745722793865862013-03-19T18:54:00.000-03:002013-03-20T18:55:49.225-03:00Fotografia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://weheartit.com/entry/48460149/via/minokitas" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="135" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWkDSWBKEdQKBH9GeHHPdymvIzg0aJZHhiLxhXCS8S6RHIhZ3Bg3yUVwqY0F85qU5yeslSWozPHtdxIGPCDpQ_70QYHQvquICuSYMNUNZM53HSFQloNgIZIxEDNZ8IrpPYUMCnCqU7fWM/s200/48460149.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Aguardava o rapaz da revelação voltar. Ansiosa, balançava os pés, imaginando as fotos. Havia cansado de olhar imagens no computador. Fotos são memórias para pegar com as mãos, pensou. E assim foi. Reveladas, pareciam ter mais cor. Contraste. Sentimentos. Reviveu momentos que pareciam infinitos e decidiu: a parede ia virar mural. Agora, quando a saudade aperta, escolhe uma para amassar entre as lágrimas. Tô mais perto, ela susurra.</div>
Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-83294612924778968572011-11-06T20:02:00.000-02:002011-11-06T20:02:00.414-02:00Metrô<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://weheartit.com/entry/13521083" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQQO7ylmRnWlwfihwzew0Fz1rnDIbYfL-DK9oc1z8in3kRAle5tU6vArcVTU0fzPPrSS0ZIvWtLnnDiEKSbUqIcgZhW6F0bKJt0G6RfIrqMuW4PnXUfCJsTV5RQ9tH4ZoNgC80KgOVSJM/s200/13521083.jpg" width="200" /></a></div>
Entram apressados no metrô. Misturam-se às pessoas. Sempre cheio, pensam eles, enquanto correm os olhos pelo vagão. Som alto nos fones, não notam que escutam a mesma música. Preocupados com a hora, não percebem que o tempo pararia se trocassem um olhar. A voz gravada anuncia a próxima estação. Descem, sem saber, que deixam um grande amor para trás.Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-48565244665057582532011-09-21T16:48:00.001-03:002011-09-22T12:01:02.188-03:00Mãos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://weheartit.com/entry/14450927" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6RiqKC5DGA2p9zxJaFNS5t35a3LWnLmO12g2odoBlgXXOwFvD05rU2vPXzp_s1BtjoZGzJ6Huo9xgFZuAPD7hEiBWxYgJ1N48f2FibI0T7JHvEGfUgIi_uyP_1lv1Rv8h2kDng_jjlT8/s200/14450927.jpg" width="200" /></a></div>
Andavam de mãos dadas pela rua. Gostavam daquilo. Sentiam a pele um do outro. Um gesto simples, que ligava os dois. Brincavam de não soltar as mãos por nada e ele, vez ou outra, beliscava a dela por um beijo. Será que um dia essas mãos receberiam uma aliança, pensou ela. E ele, sem saber da dúvida, respondeu para si mesmo: queria segurar aquela mão pela eternidade.Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-83960948839202455822011-09-08T14:04:00.003-03:002011-09-22T12:01:02.189-03:00Olhos de amor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://weheartit.com/entry/14451016" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHaReE17n8O3_sWUdjwQhL3gyP-4PmjCkFJZNhxuq4XgiHuM8gDehd_sLbaXqZgBr17KZtJ4UyJXICGyAhgCbVP_vDOL1aOv2x0fPMpUcWj3GS-SlF1ZM_X5hBNtIUZ8daL5SSOsrHv5Y/s200/14451016.jpg" width="200" /></a></div>
Via amor em tudo. Nas placas, no trânsito, no metrô, nas pessoas. Tinha virado um ímã de casais apaixonados e tudo o que girava à sua volta parecia estar em um eterno romance. Na TV, filmes clichês provavam que o amor ainda estava em alta. No telefone, a surpresa de uma voz encheu o coração de alegria. E então percebeu. O amor não estava lá fora. O amor estava ali dentro.Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-78265659013107769422011-09-05T16:45:00.004-03:002011-09-22T12:01:02.190-03:00Memórias<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<a href="http://weheartit.com/entry/14297114" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="130" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXShxZHSLD2qpmlA7BospPnpLrROHAgSWkekQYgIVUSnZiEPS-0XmkMM5UWZd6Mc12XRzFqMDpg6iSekEGe0f0X4mOzqru4lj5sKMWGEGWCUA_iTRRCEx-eLmpsaOahbr2dzGCNN0gtsg/s200/14297114.jpg" width="200" /></a>Fotos, cartões, embalagens de bombons. Olhava para os pedaços de memórias e via os momentos voltarem à tona. Apertou uma carta junto ao peito e os sentimentos mais profundos de saudade fizeram lágrimas escorrer pelo rosto. Sentia falta dos sorrisos, das brincadeiras, dos filmes no colchão. Sentia falta do carinho. Sentia falta até das brigas. Sentia falta dele.</div>Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-85209936043961636802011-08-11T16:22:00.002-03:002011-09-22T12:01:02.192-03:00As horas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://weheartit.com/entry/13224751" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="166" naa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijszw4bc2rhjJWcsctjbzduCjV9uuQ1LPYTdnpzXPgKA6N2mYNmo7yhHHqCUyljETQUz1UsOQy8oLVZnzBqjvhnehBh2uQY5CJdGEtur7KyY8O6-qkp0Xg79rd4orD9CAolVh3rPrz0vg/s200/13224751.jpg" width="200" /></a></div>
As horas passavam devagar. Os minutos pareciam cochichar entre si, tramando um plano sonolento junto ao ponteiro do relógio. Mais rápido, ordenou ela. Ansiedade que consumia. Dúvidas que queimavam. Um encontro, uma conversa, uma decisão. Colocar parte da sua vida na mão de outra pessoa não parecia certo. E se eu sofrer?, pensou. Ao que o coração respondeu: A gente tenta outra vez.Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-41479265849934514472011-06-20T21:16:00.002-03:002011-09-22T12:01:02.193-03:00A Dor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://weheartit.com/entry/10709776" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2SGmfMBohjHfi7Qo0MzONgOg4rsFhFETvV5zLhPfWflYnp-4gaBPyrHK3kLGo99EKmrRTldwTlgPMiUgobl4sSPACjQg1uvvmFqkaBIoqcuY9Ixjf_nOpEAHfvgkhV2llV3RtEP1qCZw/s200/10709776.jpg" width="200" /></a></div>
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Tinha todos os motivos do mundo para esquecê-lo. Do mais simples, ao mais cruel. Pensava no quanto ele a havia machucado e sofria. Pensava no quanto queria ser feliz e sofria. Dor era uma coisa estúpida, pensou. Não podia estar certo sentir que a única coisa capaz de afastar sua dor era quem a causou. E sofria.</div>Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-796658984982632923.post-23927593222074353282011-06-12T00:04:00.003-03:002011-09-22T12:01:02.194-03:00O problema<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://weheartit.com/entry/10704463" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="131" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjujQR0abYREOhrUaynzBlDg-BS8vhy_fIgReEwsFaj4D1ZSPv7Zs4B8_AHj8O43HEmDOP6YOpEJrLTff9QSXFpaXlerGHZOrK2NY2qvIlg-ohq2ujJjdcsbSH4q6HYtcwKsgQiKBn8WYc/s200/10704463.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Durante muito tempo procurou o problema em si mesma. Tentou encontrar motivos, perceber falhas. Tentou entender o porquê de tudo terminar assim. Mas ao olhar para ele, pela última vez, lembrou do amor que um dia sentiu. E enxergou. O problema não estava nela. O problema era ele.</div>Agatha Abreuhttp://www.blogger.com/profile/08777040174558888580noreply@blogger.com0